A APLB está acompanhando a situação do IMEJA.

A APLB está acompanhando a situação do IMEJA.

A diretoria da APLB-Sindicato esteve hoje, 12/04, no Instituto Municipal de Educação Professor José Arapiraca – IMEJA.

Os diretores Marcos Barreto e Flávia Ribeiro, conversaram com professores, gestores e representante da GRE, para auxiliar na construção de uma solução dialogada para o conflito vivenciado no IMEJA e que prejudica toda a comunidade escolar.

O IMEJA vem sofrendo com intervenções nas quais a comunidade escolar tem sido privada de participar das discussões e do processo decisório. Muitos alunos e professores relatam que se sentem segregados em relação ao grande prestígio e atenção dado ao projeto que funciona no mesmo prédio, enquanto a escola é relegada a uma falta de atenção e cuidado para seu corpo docente e discente, sendo este um dos motivos das manifestações ocorridas em 11/04/2018.

A revolta destes alunos se assemelha ao processo social e político que está vivenciando o Brasil, pois a escola não é uma ilha isolada e reflete o comportamento da sociedade onde está inserida. A exigência dos alunos pela realização de eleição para gestão escolar é, no âmbito local, o mesmo clamor pela democracia que vem sendo buscado por trabalhadores de todo o país.

Os professores, coordenadores e equipe de gestão, dialogaram com a direção da APLB e manifestaram suas preocupações e dúvidas, posto que há divergências sobre encaminhamentos administrativos relacionados ao quadro funcional da unidade, e que poderiam alterar as perspectivas das próximas eleições para a gestão escolar, haja vista que estar lotado a mais de 180 dias na unidade de ensino é uma das exigências legais.

A direção da APLB esclareceu as dúvidas sobre o processo de lotação e excedência, segundo o que estabelece a legislação municipal. Informou que já havia solicitado da GEPES/SMED a apuração da situação funcional dos profissionais que, eventualmente, possam ser afetados pela possibilidade de excedência, e que existe o compromisso do órgão em esclarecer os fatos.

Na sequência, explicou que a descrição de cada cargo consta na legislação e que cada profissional deve se posicionar junto ao colega respeitando as atribuições previstas no Anexo II, da Lei 8722/2014, e nas determinações constantes na Lei 036/2004.

Os diretores da APLB também sugeriram a equipe escolar a utilizar a mobilização dos alunos para realizar um projeto pedagógico com foco no exercício da cidadania e discutir as características do processo eleitoral de 2018.

Explicou aos professores que a eleição para gestores é um ponto de pauta constante nas reuniões com o Executivo Municipal. Porém, a SMED alega dificuldade de recursos para a realização do curso que é uma das exigências para o candidato a gestão escolar.  Neste sentido, a APLB informou que foi aprovada em assembleia a proposta de supressão do Inciso II, do Artigo 35, da Lei 036/2004, com vistas a dar celeridade ao processo. Esta alteração permitiria que o curso seja realizado após a eleição, para os contemplados pelas urnas das comunidades escolares,  permitindo o acesso a todos que queiram se candidatar, assim como a qualificação necessária para o exercício do cargo.

Foi apurado que durante a manifestação dos alunos a mídia local e a Policia Militar foram acionadas por fontes não reveladas, sendo que a PM chegou adentrar o prédio. Este fato nos causa estranhamento por se tratar de uma situação que poderia ser contornada com recursos e intervenção de cunho pedagógico, haja vista não haver relato de crime ou situação semelhante. Entendemos que o trabalho do aparelho policial, que já é grande, deve ser solicitado para se garantir segurança pública no bairro e comunidade onde a escola esta situada.

Ao final da reunião, a APLB defendeu que houvesse um esforço coletivo para normalizar o funcionamento da unidade enquanto é feita a apuração dos fatos, e que seja promovido um retorno informativo para os discentes, docentes e comunidade escolar, dando transparência e legitimidade ao processo. De modo geral, acalmaram-se os ânimos, ficando mantida a necessidade de apuração e correção dos problemas que afetam o IMEJA.

Ressaltamos que, se a Educação objetiva formar para o exercício da cidadania, o movimento dos alunos é legitimo e não deve ser reprimido, mas  orientado e conscientizado sobre os instrumentos e procedimentos adequados  para a busca de soluções para os problemas que afligem a escola ou/e a  sociedade, assim como, seus expoentes valorizados como futuras lideranças comunitárias e politicas.

A EDUCAÇÃO PARA A DEMOCRACIA EXIGE PENSAMENTO CRÍTICO!

APLB-SINDICATO EM PARCERIA COM A COMUNIDADE ESCOLAR NA  LUTA POR EDUCAÇÃO DE QUALIDADE!

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