Governo estadual cria grupo de trabalho para Colégio Estadual Dona Leonor Calmon virar CPM. APLB-Sindicato e a comunidade não aceitam

Governo estadual cria grupo de trabalho para Colégio Estadual Dona Leonor Calmon virar CPM. APLB-Sindicato e a comunidade não aceitam

Governo cria GT para colégio em Cajazeiras virar CPM; comunidade faz críticas

Foto: Reprodução / Google Street View

O processo para transformar o Colégio Estadual Dona Leonor Calmon, situado em Cajazeiras, Colégio da Polícia Militar (CPM) começou oficialmente terça-feira (3), com a publicação de uma portaria no Diário Oficial do Estado (DOE) que institui o Grupo de Trabalho que vai coordenar e acompanhar a implantação da unidade. O GT é composto por representantes de diversas áreas e irá elaborar um relatório técnico sobre o estudo das medidas necessárias para a criação do CPM, que será o 14º do estado. O prazo de envio do documento para a Secretaria de Educação do Estado (SEC) é de 30 dias. “A escolha do Colégio Estadual Dona Leonor Calmon para a implantação do CPM levou em consideração a localização geográfica, o porte da escola e o fato de existir outra unidade escolar próxima, o Colégio Estadual Eduardo Baiana, que poderá abrigar as matrículas dos estudantes que eventualmente decidirem não estudar no CPM”, justifica o governo em nota. A mudança tem oposição de parte da comunidade, que é contrária à militarização da unidade e avalia que a instituição de ensino tem um histórico na localidade de Jaguaripe que estaria sendo desrespeitado com a alteração.

 

“Não é passando por cima dos atores dessa escola, das pessoas que atuam lá, dos alunos, dos professores, de todos os envolvidos, da comunidade escolar, que se vai fazer política de melhoria”, afirma a professora Manuela Cristina, em vídeo divulgado nas redes sociais. Ela afirma que a escola só ofertará 30% das vagas para a comunidade. “A maioria são filhos de militares, a comunidade de Jaguaripe não vai ser beneficiada em nada”. Em nota, o governo afirma que há ociosidade na escola, com 850 das 1.150 vagas ocupadas. “A decisão do governo foi submetida a uma apreciação de todos os segmentos da escola (professores, alunos, servidores e familiares), coordenada pelo Colegiado Escolar que aprovou instalação dessa unidade COM”, afirma o comunicado. A previsão é de que até 2020 outras três escolas passem pelo mesmo processo. A gestão dos colégios será feita de forma colegiada, com um Colegiado Diretor, composto por um diretor designado pelo secretário da Educação e um diretor indicado pela Polícia Militar. 

Fonte: Bahia Notícias

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