O QUE É ISSO, PREFEITO ACM NETO? CHOVA OU FAÇA SOL, HÁ PROBLEMAS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

Esta sexta-feira, dia 20 de abril, foi um dia chuvoso em Salvador! Diversas escolas da nossa rede tiveram dificuldades de funcionar em função das consequências derivadas das chuvas. E de quem é a responsabilidade? Dos professores, não é! Dos alunos, também não!

É inaceitável que problemas que ocorrem na cidade do Salvador, e que já são conhecidos há décadas, ainda promovam transtornos para a população, que fica impedida de chegar aos seus postos de trabalho, assim como professores e alunos sem poder chegar às escolas.

Aqueles que conseguem vencer os conhecidos alagamentos, engarrafamentos, bueiros abertos e outros reflexos da chuva soteropolitana, ao chegarem às escolas municipais encontram salas alagadas, tetos com goteiras, e uma diversidade de problemas decorrentes do projeto de gestão municipal para uma cidade que tem sofrido a cada chuvinha que cai sobre Salvador.  

Diante dos fatos, não se pode penalizar duplamente os trabalhadores em educação e os alunos. Primeiro, porque já sofrem com a infraestrutura precária das escolas: se chove, alaga; se faz Sol, o calor torna insuportável a permanência no ambiente físico da escola. Segundo, porque a imposição da reposição dessas aulas com as mesmas condições que não foram resolvidas é insensatez!  

Há também uma lista de problemas pelos quais as aulas são suspensas, como:

• Os dias em que falta merenda escolar por que não tem o gás para fazer o cozimento dos alimentos;
• Não tem professor porque o prefeito não convoca concurso público;
• Falta d’água, energia elétrica, e outros tantos…!

A pergunta vai para o Executivo Municipal: como pode os professores e os seus alunos serem cobrados por uma situação cuja responsabilidade não lhes pertence? Deverão desorganizar permanentemente suas agendas pessoais, sociais e profissionais, para repor aulas por conta dessa realidade vivida pela comunidade escolar da nossa rede?

Assim sendo, a APLB-Sindicato não aceitará que os professores e seus alunos façam a reposição de aulas, caso a SMED permaneça intransigente. O executivo precisa observar a falta de estrutura das escolas da rede que não têm condições de enfrentar as conhecidas intempéries da natureza e que foram construídas com material que se revela de péssima qualidade.

Do mesmo modo, se percebe a falta de preparo da administração municipal no cuidado com hidro drenagem e com o esgotamento sanitário, que promovem as conhecidas enchentes na nossa cidade.

O prejuízo que deve ser reclamado está na exposição de crianças e trabalhadores aos riscos, danos e tragédias que podem ocorrer em decorrência da falta de planejamento do executivo municipal para lidar com as chuvas que caem em Salvador. E o inverno ainda está pra chegar!

A APLB-Sindicato reafirma o compromisso dos professores em garantir o trabalho pedagógico de excelência, mas cabendo a administração municipal a obrigação de garantir as condições de segurança e salubridade para que esses profissionais cumpram com suas atribuições sem serem obrigados a interrompê-las.

Pelas razões expostas aqui, será compromisso dos trabalhadores em educação a reposição do conteúdo programático dos seus alunos! Reposição de dias por conta do projeto de gestão municipal do prefeito, não aceitaremos!

Vamos continuar denunciando as condições de trabalho a que estamos submetidos, assim como os problemas estruturais da cidade!

 APLB-SINDICATO