Manifestação abre agenda de luta da paralisação nacional dos professores

Manifestação abre agenda de luta da paralisação nacional dos professores

 Foto interna: Walmir Cirne. Foto externa: sdfotovideos.blogspot

 

 APLB1

A APLB-Sindicato estabeleceu uma agenda intensa de atividades na capital e interior do estado, em adesão à Greve Nacional da Educação, convocada pela CNTE. Nesta terça-feira (23), abrindo a programação da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, realizada nos dias 23, 24 e 25 de abril, professores da rede estadual e municipal lotaram a Praça da Sé erguendo bandeiras de luta.

Durante o ato, houve a distribuição de um  manifesto dos educadores municipais à população e outro aos gestores municipais, Ministério Público, Conselho Municipal de Educação e imprensa reafirmando o atendimento às reivindicações da categoria sobre reajuste, plano de saúde, condições de trabalho, mais verbas para educação, e outros pontos.

Diretores do Sindicato e professores presentes fizeram pronunciamentos denunciando as péssimas condições físicas das escolas, a falta de professores e coordenadores pedagógicos e o descaso da gestão municipal para com o setor. Os pontos mais destacados pelos manifestantes foi a cobrança quanto ao funcionamento pleno das escolas, a denúncia com relação à falta de merenda para os alunos e a necessidade de convocação e nomeação dos professores e coordenadores concursados.

  A greve é nacional e defende as seguintes bandeiras de luta:

   – 100% dos royalties do petróleo para a educação
– Piso Salarial Profissional Nacional
– Carreira
–  Redução da Jornada
–  10% do PIB para Educação
–  PNE Já
–   Convenção 151 da OIT

   – Profissionalização dos funcionários da educação

Em Salvador, a APLB-Sindicato definiu a seguinte programação:

  • Dia 23/4, Terça-feira, 9 horas – Manifestação da Rede Municipal, com diversas atividades – Praça Municipal

  • Dia 24/4, quarta-feira, 9 horas – Aniversário da APLB-Sindicato (61 anos) – Ato comemorativo com mobilização da Rede Estadual – Praça da Piedade

  • Dia 25/4, quinta-feira, 9 horas – Debate sobre Carreira e Gestão – Auditório da APLB-Sindicato

 

Leia as informações da CNTE:

Professores fazem greve por melhores condições de trabalho

Publicado em Terça, 23 Abril 2013 20:04

Professores das redes públicas estaduais de ensino em todo o país cruzaram os braços hoje (23) e pediram melhores condições de trabalho. A paralisação foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e deve durar três dias, até quinta-feira (25). Segundo a entidade, 22 estados aderiram oficialmente ao movimento e os sindicatos do Distrito Federal e demais estados apoiam formalmente a ação. A paralisação tem adesões também de trabalhadores das redes municipais de ensino fundamental e médio.

Os estados que aderiram foram Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Segundo a CNTE, eles podem continuar ou não a greve após os três dias dependendo das negociações locais. Até o momento, São Paulo e Maranhão deflagraram greve por tempo indeterminado.

O movimento começou em São Paulo, na última sexta-feira (19), com passeata na Avenida Paulista e a greve teve início ontem. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) estima que 25% da categoria aderiram à greve, mas a Secretaria de Estado de Educação contesta os números.

A principal reivindicação dos profissionais é o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento inicial. Além disso, a categoria pede a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que direciona as políticas para a área nos próximos dez anos, a destinação de 100% dos royalties do Pré-Sal para o setor e a definição de diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação básica. Os professores fazem também pedidos de reajuste salarial específicos em cada estado. No caso de São Paulo, a reivindicação é reposição salarial de 36,74%. A secretaria oferece aumento de 8,1%.

A ação faz parte da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública de Qualidade, promovida pela CNTE. A mobilização ocorre anualmente. “Queremos uma educação melhor e a valorização dos profissionais. A carreira de docente não é atrativa à juventude, os professores trabalham muito e não têm uma jornada respeitada para poderem viver com razoável dignidade”, diz o presidente da CNTE, Roberto Leão. “Para termos uma escola pública de qualidade, precisamos valorizar esses profissionais”.

Piso Nacional do Magistério

A Lei do Piso, principal bandeira do movimento, determina um valor mínimo que deve ser pago pelos estados e municípios a professores da rede pública com jornada de 40 horas semanais e estipula uma reserva de um terço da carga horária para o desempenho de atividades fora da sala de aula.

De acordo com levantamento feito pela CNTE em março deste ano, apenas o Distrito Federal e quatro estados (Acre, Ceará, Pernambuco e Tocantins) cumprem integralmente a lei. Paraíba tem uma jornada de 30 horas e paga a proporcionalidade do valor. Os demais ou não cumprem o vencimento, complementando o salário com gratificações e bônus, ou não respeitam a jornada de trabalho, informa a entidade.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), todos os estados pagam, mesmo que em remuneração – ou seja, complementado por benefícios – o valor do piso salarial. Conforme informou a assessoria do conselho, há um esforço para que a lei seja cumprida em forma de vencimento e com a adequação da jornada de trabalho o mais rápido possível.

Todo ano, o piso salarial é reajustado com base no percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. A variação portanto muda de ano para ano. Este, segundo o Consed, é uma das dificuldades em se cumprir a lei. Os secretários de Educação discutem uma nova maneira de ajustar o valor do piso, de forma que possa haver um planejamento dos gastos. Uma proposta deve ser apresentada ao Ministério da Educação (MEC) ainda este ano.

O piso salarial somava R$ 950, em 2009; R$ 1.024,67, em 2010; e R$ 1.187,14, em 2011, conforme valores informados pelo MEC. No ano passado, o valor vigente era R$ 1.451 e, a partir de fevereiro deste ano, passou para R$ 1.567.

(Agência Brasil)

 Notícias anteriores:

Pague o Piso

 A greve em nível nacional é uma convocação da CNTE para todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação e a sociedade para a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública pela votação do PNE, que se encontra no Senado, também pelos 10% do PIB para educação, o piso salarial nacional e a profissionalização dos funcionários da educação.

Assista ao vídeo da convocação produzido pela TV-APLB:

Video convocação paralisação

 

 

 

 

 

 

 

Agenda paralisação imagem2

 

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